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domingo, 28 de agosto de 2011

Nova Idade Média


 Hoje, foi realizado na Praça Vinicius de Moraes (em frente ao Palácio do Governo) um manifesto chamado “SOS Morumbi”. A intenção: mobilizar moradores da região e autoridades no sentido de combater a violência no bairro. Aqui, assaltos, roubos, sequestros e homicídios são frequentes. Segundo o UOL Notícias, “na quinta-feira (25/08), o governador de São Paulo anunciou o reforço do policiamento na região, 158 homens, 26 viaturas da Força Tática e 80 motos da Polícia Militar, cedidos por vários batalhões de São Paulo, fazem parte da força-tarefa com o objetivo de diminuir as taxas de criminalidade no bairro.” Sim, é verdade que as ruas estão cheias de viaturas. Mas até quando? É preciso haver ações de inteligência, polícia investigativa para encontrar os chefões, aqueles que armam os menores (chamados “noias”) para praticarem os crimes. 

 
Para quem não conhece, o Morumbi é um bairro que se confunde com vários outros, como Real Parque, Jardim Guedala, Vila Andrade, Paraisópolis, Vila Sônia... Ao contrário do Rio de Janeiro, em que as favelas estão no alto dos morros, a comunidade de Paraisópolis (que tem cerca de 80 mil habitantes) está numa espécie de cratera. Em volta e no alto, casas e condomínios de luxo. E as construtoras avançam cada vez mais em direção aos barracos (já nem tão barracos assim; a maioria é de alvenaria, com dois, três, até quatro andares). Não importa. O dinheiro fala mais alto, e as casas são demolidas. Sem dúvida, é uma panela de pressão pronta para explodir. Neste contexto, recrutar novos “noias” não é tarefa tão complicada. E creio que a “recompensa” não seja apenas um punhado desta ou daquela droga, mas um “barato” muito maior: poder extravasar todo o ódio acumulado!

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