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quarta-feira, 27 de março de 2013

Homens, carros e tamanho do pênis


Numa noite dessas, assistindo a um comercial de televisão, deparei com três marmanjos dentro de um carro, cada um querendo se vangloriar mais que o outro sobre as conquistas da noitada anterior. Peguei essa! Peguei aquela! Ou seja: todos pegaram todas! A última, fantasiada de dragão, era a atriz Ísis Valverde.

Aqui, vale lembrar de uma recente conquista feminina em relação à exploração das mulheres em comerciais de cervejas, nos quais geralmente elas apareciam seminuas, transformadas em objetos de desejo sexual etc. E não é que as propagandas se tornaram até mais interessantes, menos apelativas e com boas sacadas de humor? Bravo!

No entanto, há outras peças publicitárias que insistem em associar a imagem feminina (sexualmente estereotipada) à virilidade. A fórmula é sempre a mesma: carro possante/potente = homem bem-sucedido/irresistível/garanhão.

Daí, eu me pergunto: será que é verdade? De fato, as mulheres ligam para isso? Não sei, não. Tenho minhas dúvidas.

Porém, se não me engano, na década de 1980, soube que uma professora universitária havia produzido um trabalho acadêmico sobre a relação dos homens com seus carros. Segundo a socióloga, para a maioria dos homens, o carro seria uma extensão do pênis. Algo, é claro, do subconsciente. O carro seria a casa que muitos não têm e/ou nunca tiveram (saíram da casa dos pais para morar na da esposa, dos filhos etc.). Também seria uma espécie de cúmplice/confidente fiel dos desejos e fantasias mais inconfessáveis. Enfim, mais que um simples carro, um troféu.

Nessa linha de raciocínio, posso até entender a razão de as propagandas de carro sempre apelarem para os mesmos roteiros: potência, sedução, aventura e status.

Assim, é natural que coroas sonhem com carros esporte, conversíveis, velozes... É uma forma de resgatar a juventude perdida. Faz sentido.
 
Ah, mas antes que eu me esqueça... A pesquisadora também defendia a ideia de que os carros, por serem uma extensão imaginária do pênis, costumavam ter um tamanho inversamente proporcional ao "dote" dos seus donos. Eram uma espécie de "compensação psicológica" para eles. De modo que, quanto maior fosse o carro, menor seria o tamanho do pênis do seu condutor, ou o contrário. Quanto a isso, não sei dizer se ela tem ou não razão. Admito, porém, que sinto até medo de algum dia tirar essa dúvida com os homens que desfilam por aí... de Smart.

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