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sábado, 8 de março de 2014

Que dia é hoje?

Meu dia começou meio tumultuado... 

Nunca fui bom com datas, nunca. Se ninguém me cumprimentar, não sei nem mesmo que estou de aniversário, no Natal, nessa ou naquela outra data. É verdade! Quem me conhece, sabe que sou desse jeito desde sempre (ao longo da minha trajetória, amigas sempre cuidaram de carnês, títulos, consultas, tudo que tivesse prazos/datas). 

E olhem que procuro me "localizar" no tempo. Por exemplo: só utilizo calendários com "aquele quadradinho"... Mas não é raro esquecer de mudar o tal marcador. Daí, posso passar séculos achando que ainda é o mesmo dia. 

E hoje, vi na tevê que era dia não-sei-o-que-das-mulheres. Daí, me arrisquei a cumprimentá-las no Facebook. 

Porém coloquei como 1º de maio. 

E lá vieram elas (mulheres gostam de controlar datas): 

"Mas não é maio!" 

Ok, alterei para março. Mas não era só isso, era/é outro dia. Fui, então, pedir socorro ao calendário, e piorou: nele, aparecia "1/8". 

Bem, o jeito foi colocar um e o outro também nos meus cumprimentos. Resolvido.


quinta-feira, 6 de março de 2014

O nome dela é GAL!

Rogério Tavares e eu acabamos de assistir a um show inesquecível da Gal Costa, no Sesc Pinheiros. Perdi a conta de quantas músicas ela cantou. A plateia saiu boquiaberta com a voz impecável dessa mulher iluminada. Repertório com pé lá, cá e mais além: passado, presente e futuro. Músicas que não "cabem" mais na seleção das rádios, nem da mídia em geral.
 

No entanto, logo depois, veio o balde de água fria... 

Vindo para casa, por volta da meia-noite, paramos em um posto para reabastecer o carro, e aproveitamos para comprar alguns produtos na loja de conveniência. Ainda enfeitiçado com o canto da sereia, tentei travar uma conversa com a mocinha do caixa:
 

"Acabamos de sair de um show maravilhoso da Gal..."
 

"Quem?", cortou a moça, confusa.
 

"Gal, Gal Costa."
 

Ela sacudiu a cabeça e torceu o nariz para revelar sem o menor constrangimento:
 

"Nunca ouvi falar."
 

"Tá bincando..."
 

"Não mesmo. Quem é?"
 

"Só falta você me dizer que é da Bahia e não sabe quem é a Gal", arrisquei.
 

"Sou, sim, por quê?"
 

"Por nada, não".
 

Paguei e saí perplexo, com vontade tacar o saco de pão na cara dela. 

Situações como essas me fazem perder o tesão de continuar escrevendo. Como já dizia minha mãe (lá nos "meus inícios"): "Escrever neste país, filho, pra quem?" E ela estava coberta de razão. Mas, como é da natureza dos pais ver mais adiante e alertar, a dos filhos é contrariar. Contrariei. Contrario até hoje.