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terça-feira, 22 de abril de 2014

Xô, capeta!



Ontem de manhã, indo para a Paulista, deparamos com uma cena, no mínimo, dantesca. Na avenida Europa, conhecida região de revendedoras de carros de luxo, havia um homem com um cesto na mão, sendo filmado por uma mulher. Não dava para ver o que tinha no interior do cesto, nomes escritos em papéis, talvez. Mas o que ele falava era mais ou menos isso:

“Estamos aqui, na frente desta vitrine da Ferrari, minha irmã e meu irmão, porque o nosso Deus do impossível quer o melhor pra você e sua família. Não é um Deus de miséria, não. É um Deus de muita fartura e blablablá.”

Por pouco não desci o vidro para perguntar:

“Por favor, o senhor poderia me dizer onde fica a Oscar Freire, rua famosa em que Jesus comprou aquela túnica Prada e a coroa de ouro maciço, crivada de diamantes da Tiffany?”

Mas é claro que não ia ser uma boa ideia; ele certamente viria com a Bíblia em punho para exorcizar o “herege” que se atreveu a “insultar” o Filho de Deus.

Ah, me poupe!



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