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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Voltando no tempo



Quando comento que essa “multiplicação” de barbudos nas ruas pode ser um sinal (ainda que de modo inconsciente) de que a sociedade volta ao século XVIII / XIX, dizem que estou sendo radical. 
O.k.! Cada um pense como quiser/puder.
No entanto, o que mais estranho é o silêncio das mulheres em relação a esse avanço machista com a retomada do lema “bela, recatada e do lar”. Sim, a mulher pode ser tudo isso, mas por vontade própria, não como condição para se tornar digna e/ou uma pessoa “de respeito”. 
E agora, pós-acidente fatal com o ministro Teori Zavascki, começa a ganhar força a indicação desse outro senhor, que, alegando estar disposto a defender as mulheres das “injustiças do mercado de trabalho”, cita um documento papal de 1891???? (Ver mais em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/01/27/candidato-ao-stf-diz-que-mulher-deve-combinar-trabalho-com-deveres-domesticos.htm#comentarios
Repito: 1891!!!!!!!
Ora, conheço muitas mulheres provedoras, que sustentam filhos e netos desde que foram abandonadas pelos seus “companheiros” (desculpe... muito homem nem pode ser chamado de “companheiro”, apenas de “reprodutor”). Outras também tiveram que sustentar o “marido” (por vários motivos). Na verdade, o Brasil é um patriarcado oficial, mas não real. 
E hoje, vemos que muitos coroas “poderosos”, depois de “descartarem” as primeiras que provavelmente os ajudaram a prosperar, voltam a buscar mulheres bem mais novas que eles: Trump, Macri, Temer, exemplos não faltam em todas as áreas. Isso é preocupante (para não dizer “patético”)! Gostaria muito de ouvir o que as primeiras esposas têm a dizer desses senhores. Devem ter muitas histórias para nos contar... (Obs.: não quero parecer moralista, nem preconceituoso. Gosto não se discute. Acontece que, em determinadas situações, esse tipo de união parece óbvia demais para ser, de fato, uma relação de amor verdadeiro.)
Será que agora esses senhores querem companheiras ou apenas ostentar poder e virilidade (ou garantir uma “cuidadora” em tempo integral)? Vale lembrar que essa “prática” também nos remonta à época dos elegantes barbudos de chapéu e cartola, quando era comum o casamento entre homens (bem) maduros e adolescentes (algumas ainda na puberdade). Muitas, infelizmente, morreram no parto.
Pensem nisso com carinho, amig@s!


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