Dizem que há dois tipos de gente na Terra: quem veio para fazer parte da paisagem (do jeito que ela é) e quem veio para modificá-la. Há um preço alto pela “desobediência” ao que a sociedade (padres, pastores e líderes religiosos em geral) impõe aos fiéis. Claro que há! Mas é a fatura que alguns (poucos, infelizmente, bem poucos!) preferem pagar para mudar as engrenagens das civilizações hipócritas e convenientemente criadas para manter as pessoas no cabresto do medo, do pecado, da culpa, do castigo divino, do inferno e blá-blá-blá. Nascemos anjos livres, mas rapidamente as penas das nossas "asas" são cortadas para que não possamos voar por conta própria. Vivemos em "gaiolas morais”. Minha descrença no divino vem daí, dessas proibições inventadas pelos homens para proteger os interesses de alguns (poucos, FELIZMENTE, bem poucos... mas, infelizmente, poderosos). Sendo sincero, penso que o “paganismo” talvez seja bem mais “sagrado” que os discursos oficias e tendenciosos das religiões. O tempo dirá. Aqui, um vídeo com uma crônica sobre quem teria sido Jesus de Nazaré. Uma visão, apenas isso. Na verdade, tudo o que temos daquele período são interpretações; nada é, de fato, documentado. Ora, se nem na atualidade podemos confiar totalmente nos registros, livros, jornais, imagens etc., imaginem há dois mil anos. Boa virada de ano, amig@s!
Já não sou mais tão fã de carnaval, mas este samba da Beija-Flor para 2018 me animou/emocionou bastante. É um soco no estômago dos políticos e religiosos hipócritas. Também uma bela resposta a Marcelo Crivella, sobrinho de Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus) e R. R. Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus). Crivella é o prefeito do Rio de Janeiro que desprezou o carnaval carioca (além de outras manifestações “afros” e gays). Misturar política e religião é veneno puro, e quem paga a conta é a população. O enredo é poético e, ao mesmo tempo, provocador: “Monstro é aquele que não sabe amar (Os filhos abandonados da pátria que os pariu)”. A cidade maravilhosa respira por aparelhos, mas é guerreira, vai sair dessa. Amigos cariocas, esta é para vocês! ........................ Sou eu Espelho da lendária criatura Um mostro Carente de amor e de ternura O alvo na mira do desprezo e da segregação Do pai que renegou a criação Refém da intolerância dessa gente Retalhos do meu próprio criador Julgado pela força da ambição Sigo carregando a minha cruz A procura de uma luz, a salvação! Estenda a mão meu senhor Pois não entendo tua fé Se ofereces com amor Me alimento de axé Me chamas tanto de irmão E me abandonas ao léu Troca um pedaço de pão Por um pedaço de céu Ganância veste terno e gravata Onde a esperança sucumbiu Vejo a liberdade aprisionada Teu livro eu não sei ler, Brasil! Mas o samba faz essa dor dentro do peito ir embora Feito um arrastão de alegria e emoção o pranto rola Meu canto é RESISTÊNCIA No ecoar de um tambor Vêm ver brilhar Mais um menino que você abandonou OH, PÁTRIA AMADA, POR ONDE ANDARÁS? SEUS FILHOS JÁ NÃO AGUENTAM MAIS! Você que não soube cuidar Você que negou o amor Vem aprender na beija-flor - - - - - - - - - - - - - Autores: Di Menor BF, Kiraizinho, Diego Oliveira, Bakaninha Beija-Flor, Júlio Assis e Diogo Rosa. / Intérprete: Neguinho da Beija Flor
“Este ano passou voando, não?” “E agora começa toda essa palhaçada de fim de ano...” “Pois é... Mas que bom que passou rápido, porque 2017, pra mim e pra todo mundo, foi uma bosta.” “Qual a novidade nisso? Tenho 83 anos, e sei que o Brasil sempre foi uma bosta. De vez em quando, enfeitam a coisa. Mas não adianta; bosta é bosta. O povo não tem memória, fala um monte de besteira por aí. E a gente se ilude porque é burro, mesmo.” “Credo, não é bem assim...” “Não? Primeiro, vieram os das caravelas: pra roubar e matar os índios. Mais adiante, a corte, a república... Todos só queriam meter a mão no que podiam. Aí, vieram os milicos, que meteram a mão na cara e nos bolsos de todo mundo, só que ninguém podia abrir o bico para reclamar. Deixaram um rombo, uma inflação absurda e um país atrasado. E agora apareceram esses outros safados. Metem até Deus no meio para ver se ganham um pouco de credibilidade. Pilantras. Todos fazem a mesma escola. Sempre foi assim.” "Pois é...” Essa foi a melhor conversa que ouvi nos últimos tempos, ali, na fila dos Correios, quando duas idosas tentavam inutilmente quebrar a monotonia em uma agência abarrotada de clientes carrancudos que não desviavam os olhos dos celulares.