Dias de
muito sol em São Paulo, cidade que me adotou desde 1985. Olho pela janela do meu
quarto no hospital e vejo as copas das árvores repletas de flores. Tudo nessa época
se enfeita.
Embora eu tenha
nascido no Sul do país (lugar conhecido por fazer muito frio no inverno), amo a
primavera e o verão. E agora, particularmente, vejo essas estações com outros
olhos.
Enquanto
aguardo a primeira* das duas cirurgias que terei que fazer para “clipar” dois
dos quatro aneurismas descobertos por acaso durante um exame de tomografia (confirmados
na ressonância magnética e melhor analisados na angiografia digital cerebral),
faço planos. Nada muito complicado, não. Pelo contrário. Apenas vislumbro novas
e menos apressadas soluções para antigos “problemas” (na verdade, preciso
arranjar outra palavra; esta não serve mais). Vamos dizer, então, que
aproveito esse meu tempo de espera para elaborar novos planos para poder explorar
territórios ainda desconhecidos. Sem mapas ou bússolas, apenas escancaro os
braços e me deixo acariciar pelos ventos dessa minha nova fase. Fecho um ciclo
para que outro possa iniciar.
Que venham, pois, esses novos desafios!
*Escrito antes da cirurgia do dia 17/set./2013 (lado esquerdo). O lado direito será no dia 24/set./2013.
Que venham, pois, esses novos desafios!
*Escrito antes da cirurgia do dia 17/set./2013 (lado esquerdo). O lado direito será no dia 24/set./2013.
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