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sábado, 11 de maio de 2019

Subterrâneos do desejo



Hoje, levar ao palco um texto underground, como ESCORPIÃO, é um ato de coragem. 

Estive em Salvador apenas uma vez (e rapidamente; eu era passageiro de um navio, desci apenas para visitar o Pelourinho e o Mercado Modelo). Embora eu saiba pouca coisa sobre a montagem, é uma honra ver um texto meu, que teve a primeira versão concluída em 2010 em Niterói (RJ), receber agora, nove anos depois, uma espécie de “batismo” na Terra de Todos os Santos e em um teatro com uma história de resistência tão linda e importante.

O Teatro Vila Velha (www.teatrovilavelha.com.br) foi inaugurado em julho de 1964 (três anos antes do meu nascimento). A primeira peça apresentada foi ELES NÃO USAM BLACK-TIE, também primeira obra teatral escrita por Gianfrancesco Guarnieri (em 1958). Começava ali um tempo complicado para o nosso país, uma história de ditadura ainda bastante nebulosa. 

Se vamos enfrentar problemas com os hipócritas e moralistas de plantão? Não sei, pode ser que sim. Tomara que não; esse tipo de "confronto" já deu o que tinha que dar.  

Farei o possível para assistir à montagem, mas isso não depende só da minha vontade. 

Torço para que seja um trabalho dramaticamente impactante e bom para todos os envolvidos. 

Da trilogia SUBTERRÂNEOS DO DESEJO, que será lançada em breve e da qual ESCORPIÃO é uma das obras (junto com CAÇADORES NOTURNOS e O COVEIRO), começaremos a divulgar o material aos poucos nas redes sociais.

Vale lembrar que sou muito grato à antiga Funarte e ao valente (e importante!) Grupo Diversidade Niterói (GDN). Sem o Prêmio de Interações Estéticas e sem o acolhimento do pessoal do GDN, o texto seria apenas um esboço. Uma vontade. Não vingaria.

Avante, Companhia Ateliê Voador! 

Evoé!

Axé!

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