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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Subterrâneos do desejo




Bem no dia do meu aniversário, chega da gráfica a caixa-luva, na qual também irão "embalados" os títulos da minha trilogia. Digo "também", porque as três obras poderão ser adquiridas "separadamente" ou a "coleção completa", dentro dessa caixa-luva.
  
Em breve, publicarei trechos e outras informações sobre esse trabalho que fechará um ciclo da minha ficção.

Na preparação, revisão, edição e produção editorial dos três títulos da trilogia SUBTERRÂNEOS DO DESEJO, para reduzir custos e ter maior controle sobre o resultado, cuidei de todo o processo: edição, projeto gráfico, diagramação, escolha de papéis, acabamentos, tudo foi feito por mim. Será uma edição bem caprichada, com acabamento de primeira. Por ser algo muito pessoal, eu teria que me comprometer com tudo até o fim, colocar uma “marca”.

Como eu disse, é a despedida de uma fase no trabalho de um contador de histórias; precisava, então, ser encerrada da melhor forma possível.

Se é loucura publicar atualmente qualquer livro? É, sim. Mas não sou de deixar nada pela metade. O que começo, também finalizo. Bem ou não tão bem como deveria ser, finalizo.

Foram quase dois anos de trabalho, e contei com parceiros maravilhosos, como o artista Cláudio Duarte, que produziu os desenhos em preto e branco para as capas de CAÇADORES NOTURNOS e ESCORPIÃO... e permitiu que eu os colorisse. Para O COVEIRO, não: trabalhei a arte da capa a partir de uma imagem mais recente do meu próprio crânio. Sim, também pude contar novamente com outros colaboradores que me acompanham desde o início: Ana Maria Barbosa, revisora, e Marcia Stecca, na parte gráfica.

Chega, então, o momento de botar os filhos no mundo.

Reduzi todos os custos para que os exemplares fossem vendidos a um preço justo. Será uma edição limitada, com qualidade para colecionador. O autor cuidando de toda a edição, o que não é comum na área.

Aqui, um aviso importante: as narrativas são um salto para dentro e, como diz o título da trilogia, no mais profundo do desejo sexual, sem fazer concessões (o que pode causar espanto e até escândalo). É uma literatura mais pesada, densa e tensa (ou texto marginal, como alguns costumam classificar). De modo que eu não gostaria de enganar os que me acompanham, admiram e curtem as publicações nas minhas páginas nas redes sociais e blogue. É uma obra dura, para mexer com aquilo que muitas vezes ocultamos de nós mesmos. Como declarei na apresentação de outro livro (RELICÁRIO, lançado pela GLS/Summus em 2009), escrevi essa trilogia “para mergulhar nos meus subterrâneos e arejar um pouco o meu ‘bau freudiano’ de totens e tabus”.

Uma catarse? Sim, pode ser para alguns. Para outros, um soco no estômago, uma provocação.

Recado dado.

Até mais...

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